segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Assumindo O Meu Papel Na História

 
“Sucedeu depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este falou a Josué... dispõe agora, passa este Jordão...” Josué 1. 1,2

Os hinos tradicionais são verdadeiros tesouros, e não podem ser esquecidos. Um deles, em particular, faz vibrar todas as fibras de minha alma, cada vez que o ouço:
 
Rude cruz se erigiu,                                                Deu a vida por mim, pecador.
Dela o dia fugiu,                                                 Sim eu amo a mensagem da cruz
Como emblema de vergonha e dor.              Té morrer eu a vou proclamar.
Mas eu amo essa cruz,                                        Levarei eu também minha cruz
Porque nela Jesus                                                        Té por uma coroa trocar
                                     
(Harpa Cristã – Hino 291)

Esse cântico é uma convocação a subirmos os degraus da nossa conversão. Não é necessário ser profundo conhecedor das Escrituras para se perceber que nos convertemos em três níveis:
O nível mais elementar da conversão acontece quando nos convertemos dos falsos deuses ao Deus verdadeiro. O segundo nível ocorre quando nos convertemos do nosso egoísmo ao senhorio de Cristo e entregamos as rédeas de nossa vida nas mãos de Deus. Mas o terceiro nível de nossa conversão acontece quando nos convertemos à causa de Cristo. Somente então ele passa a ser realmente a razão do nosso viver. Abraçar o ideal de Cristo é o que nos motiva a vencer os períodos  de depressão, a tentação da carne e do egoísmo.
Alguém já disse que “os nossos ideais são como estrelas: não podemos tocá-las, mas assim como os navegantes dos mares, podemos escolhê-las como guias, e segui-las”. E meu desejo é que você também abrace a causa de Cristo com o mesmo ardor e a mesma determinação com que a abraçaram homens que, como Josué, trilharam a senda do chamado de Deus com determinação e graça.
Eis um nível de conversão que muitos de nós ainda precisamos experimentar. Ainda somos pessoas que trabalham para comer, comem para sobreviver, e vivem para trabalhar. Precisamos abraçar o ideal de Cristo, e estar prontos para viver e morrer por ele.
Aprendemos que quando abraçamos o ideal de Deus, assumimos o nosso papel histórico. Moisés já morreu. Alguém precisava tomar o bastão e levá-lo adiante. E tem de ser um homem que esteja disposto a exercer seu papel histórico.
Comecei a exercer o pastorado com 28 anos de idade, e naquela época pensava: “Quando chegar o dia em que for preciso assumir a minha responsabilidade histórica dentro do reino de Deus eu o farei”.  E esta semana, enquanto escrevia esse texto, comecei a me dar conta do seguinte:
O pastor que me batizou já morreu.  O que fez a minha pública profissão de fé também morreu. Dos dois pastores que fizeram minha cerimônia de casamento, um já morreu.  Dos três pastores que participaram da minha ordenação, um morreu, e um foi jubilado.
Com idade que estou hoje, Alexandre, o Grande, já tinha conquistado o mundo e já tinha morrido; Mozart já havia sido consagrado o grande gênio da música mundial; John Kennedy já tinha sido senador dos Estados Unidos; Billy Graham já tinha pregado ao mundo inteiro.
Pensei comigo mesmo que por todos esses anos esperava o dia de começar a assumir a minha responsabilidade, mas os dias voaram, as semanas passaram ligeiro, os anos se transformaram em décadas, e fico a perguntar: “Quando, Senhor?”
Mas é hoje que o mundo precisa de uma igreja que assuma historicamente, que não esteja apenas em busca de bênçãos, mas levantando os olhos para as nações da terra que precisam ser alcançadas com o Evangelho de Jesus Cristo.
Deus está procurando homens e mulheres que estejam dispostos a assumir a responsabilidade do contexto histórico no qual estão vivendo e tomem o firme propósito de não permitirem que os anos passem, virem décadas e que as décadas passem por suas vidas enquanto eternamente se prometem que um dia levarão as coisas de Deus a sério.,
Tenho grande admiração pela história de vida de João Wesley, o grande fundador da igreja metodista. John Wesley orava assim: “Senhor, dá-me cem homens que não temam outra coisa senão o pecado,  não amem outra pessoa senão a Deus, e eu abalarei o mundo. Não me importo se são pastores ou leigos, com eles eu devastarei o reino de Satanás e edificarei o reino de Deus na terra”.

Chegou a hora da Ipcamp – Igreja Viva se despertar, assumir seu papel histórico, como povo do Cristo Vivo dizer: “Eis-nos aqui, Senhor, reveste-nos com a tua graça!” O bastão está na nossa mão. A ordem está diante de nós. Quem irá? Quem se dispõe a dizer: Eis-me aqui, Senhor!
 Rev. Carlos Roberto (Bob)


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